Sagres em si tem apenas 3 pontos de interesse dignos do nome: a dita fortaleza de D. Henrique, O Cabo de São Vicente e as praias que circundam aquela área.
Começámos pela fortaleza! Apesar de estarmos no pico de Agosto estava tanto frio e tanto vento que andava tudo de casaquinho.Sagres é mesmo muito ventosa por aconselha-se o uso do agasalho...sempre!
O forte é bastante grande, se se quer explorar os caminhos pedestres que percorrem todo o recinto e que aconselhamos que seja feito, é preciso contar com pelo menos duas horas para a visita completa. O preço de entrada para adultos é de 3 euros, mas há preços especiais para estudantes, reformado e famílias!
A primeira visão que se tem é realmente a da dita Rosa-dos-Ventos, à esquerda da entrada. Com 43 m de diâmetro deve ter tido a sua utilidade para os marinheiros que, supostamente, se juntaram à escola naval que foi fundada no séc. XV aqui. Eu pessoalmente não percebi a lógica do funcionamento.
A Rosa-dos-Ventos
Como não tinhamos mais por onde seguir, voltámos costas à Rosa e fomos para o lado oposto, onde se iniciava a estrutura do forte muralhado, portanto o que é a frente do forte. A subida, apesar de pequena é ingreme e o piso muito escorregadio mas vale a pena o esforço para apreciar a fantástica vista sobre a cidade e Oceano. Mesmo assim, corremos o sério risco de quase levantarmos voo! O vento era tanto que quanto mais subíamos pior.
Foi dali de cima qe percebemos que todo o recinto deveria ser enorme mas havia um caminho de pedra que parecia percorre-lo todo. Pés à obra e lá fomos nós! Primeira paragem foi na simpática e pequena Capela de Nossa Senhora da Graça. Muito pequena, tem um altar magnifico e é ultima residência de nomes importantes da nossa história marítima, que ali se encontram enterrados. Quando saímos da Igreja, olhando para o horizonte que se estende nas suas traseiras, a primeira imagem que temos é do Cabo de São Vicente... todo o forte tem, aliás, uma vista magnifica.
A Capela da Nossa Senhora da Graça
Penso que foi aqui que começámos a percorrer oficialmente o forte. Por todo caminho deparámos-nos com pequenas e simpáticas particularidades: como o farol, os canhões virados para o oceano, as furnas, os pássaros que sobrevoam a área e sempre, sempre uma vista maravilhosa que nos envolve! Foi ali, que séculos antes outros portugueses se entregaram ao Atlântico e descobriram o mundo como hoje o conhecemos e é impossivel não notar todo o aspecto prático do forte, com todas as zonas mais criticas estratégicamente protegidas. A volta ao forte dá-se em 1 horita, sempre com muitas placas explicativas com apontamentos históricos interessantes! Demos a nossa volta completa com muito boa disposição e alegria! Foram umas horitas bem passadas!
Furnas - ainda hoje activas
O nosso longo caminho
No final ainda houve tempo para dar um pulo à loja de souvenirs, que estava em saldos. Para os amantes da história marítima Portuguesa encontram-se aqui muitas publicações, algumas raras, sobre o tema; assim como tshirts e peças de bijuteria temáticas! Tudo gira à volta de um tema - o mar - mas vale a pena gastar lá algum tempo.
Todo o recinto está em óptimo estado e actualmente em obras de reabilitação.
Vale os 3 euros com certeza!
Saímos com 45 euros de publicações Oceano debaixo do braço (visto que o meu pai é desses ditos entusiastas da História marítima Portuguesa) e tentámos não levantar voo até ao carro que estava a alguns metros de distância! Felizmente por ali não é complicado estacionar!
Próxima paragem... Cabo de São Vicente.
A viagem até ao Cabo é muito curta e está bem assinalada, mas o Cabo é mesmo só isso, um farol gigantesco, ainda hoje considerado o mais potente da Europa, com um alcance de 95 quilometros. No entanto a área está fechada e a única coisa que anima ali o sitio são algumas barracas de comida e roupa. As barracas de comida não são grande coisa e infelizmente comprei uns tremoços que já estavam velhos e foram todos para o lixo. O meu conselho é não comprar nada ali. Portanto nem 5 minutos nos demorámos. Só vale mesmo pelo saudosismo de épocas passadas e pelas lendas que ditam que foi ali que São Vicente caiu ao mar, no séc IV...
A esta hora a fome já apertava um bocadinho e fomos estrada fora à procura de um sítio para comer. Em termos de comida, Sagres é um pouco fraquinha, tenho a dizer. Encontrámos apenas um bar à beira da praia do Beliche que nos serviu uns hamburgers bastante bons - o waza bar, mas ouvimos relatos que este bar foi um rasgo de sorte, porque normalmente não se come muito bem, os restaurantes não servem fora de horas (leia-se a partir das 2:30) e as pessoas não são particularmente simpáticas. Bem sei que o Algarve em Agosto desgasta qualquer um mas querem melhor altura para fazer bom dinheiro??
Seja como for o Waza bar era muito agradável e o empregado bastante simpático. Um cheese burger e um panache reforçaram-me as energias para descer a escadaria gigatesca de acesso à praia do Beliche.
Praia do Beliche nha vista do Forte
Escavada no meio de uma encosta encontra-se a pequena mas amigável praia do Beliche! Muito abrigada e resistente às ventanias de Sagres é também uma praia lindíssima apesar da escadaria interminável de acesso . Não vi nenhum salva vidas mas vi um barzinho todo em madeira mesmo por cima da praia que me pareceu boa onda. Curioso o facto de constatarmos que o final da praia era destinado ao nudismo.
A canseira por volta das 19 horas já apertava mas ainda decidimos explorar o centro da vila que é bastante pequeno. Umas ruas com algum comércio, o Porto no final de uma rotunda 'and that's it!'
De volta a Lagos, cansados mas felizes!
Muita interessante o blog!
ResponderEliminarJá está linkado no ajanelalaranja.com
Abs
O que eu dava a para poder ter um cantinho só meu e dos meus amigo e desfrutar do melhor que a vida tem em Sagres. Bom posto e visita o meu blog tb
ResponderEliminarhttp://carimbonopassaporte-luffi.blogspot.com/