sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Viagens a 300 - uma pausa em Mochique!

Agosto pode ser sinónimo de Algarve... mas o Algarve também pode ser calmamente apreciado na época baixa, com a vantagem de isso também significar mais dinheiro ao fim do mês... e o objectivo deste blog é mesmo esse. Viajar a um custo baixinho.

Pois bem desta feita sugerimos um programa não a custo de saldo mas bom para aproveitar o fim-de-semana prolongado de Outubro que se aproxima a passos velozes (felizmente!!). Em família, com o namorado ou com um ou dois amigos sugerimos a Villa Termal de Monchique, um paraíso natural do Sul do País!

Dias: 3 dias.

Custo total aproximado por pessoa : 270 € (viagem com portagens, alojamento, tratamentos e comida)

Mood da viagem: Romântico ou para descanso absoluto

Quando ir: Época baixa é mais barato!

Custo da viagem: Portagens: 37 € Ida e volta + Gasolina:60 euros ida e volta
Gasolina: 60 Eur Ida e volta
Km: 578

Comida: O custo médio das refeições é barato, entre os 7 a 9 euros por pessoa.

Alojamento: A estância termal de Monchique conta com 5 hotéis, todos partilham o mesmo preço e a reserva é feita no site www.monchiquetermas.com. Há preços especiais para as reservas online!O preço para 2 pessoas/quarto com pequeno almoço incluído é de 285 euros

Os hotéis em que podemos ficar

As Caldas de Monchique contam com uma longa história que, aparentemente remonta ao tempo dos romanos, sendo que o nosso rei D. João II costumava de ir lá revitalizar corpo e alma.

É importante fazer a distinção entre esta estância e a Vila de Monchique a alguns quilómetros. Aqui uma pessoa tem 2 atracções essenciais: as termas e tratamentos de SPA e os caminhos pedonais pela floresta.

Toda a área é rodeada pela floresta que cresceu à volta das fontes naturais da água de Monchique. A beleza natural deste pequeno pedaço de céu e indescritível e existem vários caminhos pedonais (fáceis de realizar e com mapas disponíveis no site) que nos revitalizam a alma por completo! Para quem quer viver esse contacto com a natureza existe ainda um parque de merendas abrigado entre as árvores.


Um dos caminhos pedonais

Uma capela pelo caminho


A fonte dos amores - que bonito!


Mais uma fonte

Uma das fontes mesmo ao pé do Parque de merendas

As fontes que aproveitam as nascentes naturais estão por todo o lado e pode-se facilmente refrescar aqui. Toda a estancia conta com inumeros cafés e restaurantes, não muito caros, com grandes esplanadas (e muito bichinho) onde se pode descansar.


Uma simpática esplanada

Uma pessoa sente-se mesmo pequenina neste pedaço natural de Portugal!

Mas a Vila termal, como o nome indica, serve essencialmente para uma pessoa cuidar do seu bem estar... de corpo e mente! Admito que para termas medicinais não sei como se processam os tratamentos mas estão à disposição dos visitante diversos tratamentos de SPA que são mais baratos cerca de 25% para os hospedes do hotel e devem ser marcados com alguma antecedência. Aconselha-se o circuito termal (15 euros para hospedes) e o duche de jacto (18 euros para hospedes). Os tratamentos podem chegar aos 62 euros para hospedes e 100 para não hospedes mas tendo em conta que o proposito desta pausa é ver e descansar durante 2 dias, colocámos apenas 1 dia para tratamentos.

Para quem está disposto a gastar um pouco mais pode sempre optar por um dos vários programas de bem estar disponiveis para reserva desde 2 noites até 7. Todos estes programas incluem um programa muito completo de SPA, alojamento e meia pensão.

Para uma pausa bem aproveitada e relaxante!

Toda a informção está bem explicada no site acima citado www.monchiquetermas.com

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Sagres, à porta do Oceano

Estávamos nós refastelados de férias em Lagos quando nos ocorreu que seria uma boa ideia irmos fazer uma visitinha à vila de Sagres, aquela onde o nosso amigo D. Henrique 'O navegador' se lembrou de construir um grande forte onde a maior atracção é mesmo a Rosa dos Ventos.

Sagres em si tem apenas 3 pontos de interesse dignos do nome: a dita fortaleza de D. Henrique, O Cabo de São Vicente e as praias que circundam aquela área.

Começámos pela fortaleza! Apesar de estarmos no pico de Agosto estava tanto frio e tanto vento que andava tudo de casaquinho.Sagres é mesmo muito ventosa por aconselha-se o uso do agasalho...sempre!

O forte é bastante grande, se se quer explorar os caminhos pedestres que percorrem todo o recinto e que aconselhamos que seja feito, é preciso contar com pelo menos duas horas para a visita completa. O preço de entrada para adultos é de 3 euros, mas há preços especiais para estudantes, reformado e famílias!

A primeira visão que se tem é realmente a da dita Rosa-dos-Ventos, à esquerda da entrada. Com 43 m de diâmetro deve ter tido a sua utilidade para os marinheiros que, supostamente, se juntaram à escola naval que foi fundada no séc. XV aqui. Eu pessoalmente não percebi a lógica do funcionamento.


A Rosa-dos-Ventos

Como não tinhamos mais por onde seguir, voltámos costas à Rosa e fomos para o lado oposto, onde se iniciava a estrutura do forte muralhado, portanto o que é a frente do forte. A subida, apesar de pequena é ingreme e o piso muito escorregadio mas vale a pena o esforço para apreciar a fantástica vista sobre a cidade e Oceano. Mesmo assim, corremos o sério risco de quase levantarmos voo! O vento era tanto que quanto mais subíamos pior.

Foi dali de cima qe percebemos que todo o recinto deveria ser enorme mas havia um caminho de pedra que parecia percorre-lo todo. Pés à obra e lá fomos nós! Primeira paragem foi na simpática e pequena Capela de Nossa Senhora da Graça. Muito pequena, tem um altar magnifico e é ultima residência de nomes importantes da nossa história marítima, que ali se encontram enterrados. Quando saímos da Igreja, olhando para o horizonte que se estende nas suas traseiras, a primeira imagem que temos é do Cabo de São Vicente... todo o forte tem, aliás, uma vista magnifica.


A Capela da Nossa Senhora da Graça



Penso que foi aqui que começámos a percorrer oficialmente o forte. Por todo caminho deparámos-nos com pequenas e simpáticas particularidades: como o farol, os canhões virados para o oceano, as furnas, os pássaros que sobrevoam a área e sempre, sempre uma vista maravilhosa que nos envolve! Foi ali, que séculos antes outros portugueses se entregaram ao Atlântico e descobriram o mundo como hoje o conhecemos e é impossivel não notar todo o aspecto prático do forte, com todas as zonas mais criticas estratégicamente protegidas. A volta ao forte dá-se em 1 horita, sempre com muitas placas explicativas com apontamentos históricos interessantes! Demos a nossa volta completa com muito boa disposição e alegria! Foram umas horitas bem passadas!





Furnas - ainda hoje activas



O nosso longo caminho

No final ainda houve tempo para dar um pulo à loja de souvenirs, que estava em saldos. Para os amantes da história marítima Portuguesa encontram-se aqui muitas publicações, algumas raras, sobre o tema; assim como tshirts e peças de bijuteria temáticas! Tudo gira à volta de um tema - o mar - mas vale a pena gastar lá algum tempo.

Todo o recinto está em óptimo estado e actualmente em obras de reabilitação.

Vale os 3 euros com certeza!

Saímos com 45 euros de publicações Oceano debaixo do braço (visto que o meu pai é desses ditos entusiastas da História marítima Portuguesa) e tentámos não levantar voo até ao carro que estava a alguns metros de distância! Felizmente por ali não é complicado estacionar!

Próxima paragem... Cabo de São Vicente.

A viagem até ao Cabo é muito curta e está bem assinalada, mas o Cabo é mesmo só isso, um farol gigantesco, ainda hoje considerado o mais potente da Europa, com um alcance de 95 quilometros. No entanto a área está fechada e a única coisa que anima ali o sitio são algumas barracas de comida e roupa. As barracas de comida não são grande coisa e infelizmente comprei uns tremoços que já estavam velhos e foram todos para o lixo. O meu conselho é não comprar nada ali. Portanto nem 5 minutos nos demorámos. Só vale mesmo pelo saudosismo de épocas passadas e pelas lendas que ditam que foi ali que São Vicente caiu ao mar, no séc IV...

O Cabo de S. Vicente visto do forte

A esta hora a fome já apertava um bocadinho e fomos estrada fora à procura de um sítio para comer. Em termos de comida, Sagres é um pouco fraquinha, tenho a dizer. Encontrámos apenas um bar à beira da praia do Beliche que nos serviu uns hamburgers bastante bons - o waza bar, mas ouvimos relatos que este bar foi um rasgo de sorte, porque normalmente não se come muito bem, os restaurantes não servem fora de horas (leia-se a partir das 2:30) e as pessoas não são particularmente simpáticas. Bem sei que o Algarve em Agosto desgasta qualquer um mas querem melhor altura para fazer bom dinheiro??

Seja como for o Waza bar era muito agradável e o empregado bastante simpático. Um cheese burger e um panache reforçaram-me as energias para descer a escadaria gigatesca de acesso à praia do Beliche.


Praia do Beliche nha vista do Forte

Escavada no meio de uma encosta encontra-se a pequena mas amigável praia do Beliche! Muito abrigada e resistente às ventanias de Sagres é também uma praia lindíssima apesar da escadaria interminável de acesso . Não vi nenhum salva vidas mas vi um barzinho todo em madeira mesmo por cima da praia que me pareceu boa onda. Curioso o facto de constatarmos que o final da praia era destinado ao nudismo.

A canseira por volta das 19 horas já apertava mas ainda decidimos explorar o centro da vila que é bastante pequeno. Umas ruas com algum comércio, o Porto no final de uma rotunda 'and that's it!'

De volta a Lagos, cansados mas felizes!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Bar 'Bombshelter'



Se o que se quer é um bar calminho, com boa música, para pôr a conversa em dia,este é o bar!
Situado na Rua de Santo António à Estrela (em frente à Charcutaria Imperial de Campo de Ourique, nº 106 da dita rua), o bar Bomb shelter facilmente se confunde com qualquer porta da rua. É preciso ir com alguma atenção para não e errar! Quando entramos deparamos-nos com um balcão, uma decoração muito britânica e umas escadas em caracol que dão acesso às mesinhas do primeiro andar! É aí, ao pé das janelas, com pequenos abat-jours de panos que observamos as paredes totalmente recheadas de todo o tipo de mensagens possíveis e imaginárias! Se quiser dizer que se ama o vizinho, que se detesta a sogra, que se tem uma simpatia especial pelo Benfica…em suma assumir a nossa liberdade de expressão é só pegar numa caneta e escrever o que nos vai na alma num cantinho livre ( a parte mais complicada) de uma das quaisquer paredes do bar. Com atenção reparamos que isto é prática comum pelo menos desde 1996…
Não há uma grande variedade de bebidas (apenas as famosas essenciais como cerveja e vodka laranja) mas todas são servidas com aperitivos de milhos tostado (mhnammmmmmmmmmmmmmmm), o eterno rock dos anos 90 (a decibéis decentes) e muito boa disposição pelo dono , aparentemente única pessoa que trabalha ali. Se a fome apertar também se servem boas tostas mistas!


Para acabar o dia com os amigos não há, de facto, melhor!

Passeio pelo Bairro da Madragoa


Foi no ultimo sábado de Julho que acordei cedinho para ir conhecer o Bairro da Madragoa, numa tentativa viva de contrariar aquela tendência tipica de todos os habitantes de qualquer cidade deste mundo – não se conhece a cidade onde se nasceu...
Mas comigo isso não funciona e, aceitando o convite de uma amiga peguei em mim e fui rumo a Santos às 10 da matina, mais propriamente para o Museu das Comunicações! Desafio: conhecer o Bairro da Madragoa.
Pois é! A Madragoa não é só um dos bairros que aparece nas animadas marchas de Lisboa, pela Avenida da Liberdade na noite dos Santos Populares. Na realidade é dos mais antigos e carismáticos Bairros Alfacinhas que muitos de nós conhecemos da noite e dos fantásticos restaurantes que percorrem aquelas ruas.
Na realidade é um bairro nascido à beira da antiga praia de Santos, que hoje é, nada mais nada menos que o Largo Vitorino Damásio (onde está o famoso quiosque/café com uma magnifica esplanada) e que foi crescendo à volta dos conventos e palacetes que foram construídos ali. Desde da lenda dos mártires, que deu origem à ordem que fundou a Igreja de Santo Contestável o Velho, passando pelo antigo palacio dos Duques de Aveiro, actualmente a embaixada de França, pelo famoso Teatro a Barraca e pelo (muito bom) restaurante ‘O Tachadas’, Museu da Marioneta que engloba as ultimas casas sociais de um complexo antes muito mexido e animado. Quase parece que se entra num cantinho de história, muito nosso, muito lisboeta!

Pátio do Museu da Marioneta

Add Image
Mas engane-se quem pensa que este passeio é apenas um grupo a percorrer calmamente esta área da cidade. Todo o percurso é acompanhado por uma guia, no meu caso uma senhora que trabalhava no Museu da Água e que adorava... fontes! e por pessoas do Bairro. O meu grupo tinha um animado Rei D. Manuel, que trabalhava na Junta de Freguesia e que vivia todo o percurso muito avidamente, uma participante nas marchas populares da Madragoa, que ficou em segundo lugar este ano, e 3 senhoras que tinham passado 50 anos da sua vida a vender cautelas e fruta pelos bairros de Alfama e Madragoa com os seus pregões!

A nossa eloquente guia..

Marchas populares!!!

A visita é mesmo isso! É viver a Madragoa, é passear pelas ruas, é conhecer um dos últimos lavodouros Municipais públicos, falar com as pessoas! Enfim viver a cidade como uma autêntica alfacinha de gema!

Ruas do Bairro da Madragoa

Ruas do Bairro da Madragoa

Mural na Madragoa


Lavadouro Municipal

E no final ainda tivemos direito a uma fatia de pão de ló! O bom descanso dos guerreiros



Porque não começar o fim de semana de uma forma animada e diferente? Basta pegar no telefone e fazer uma marcação pelo 800 215 216. O passeio (e o próprio telefonema são gratuitos!
As próximas visitas são já agora...
• 25 de Julho
• 26 de Setembro
• 24 de Outubro

Partida do Museu das Comunicações
Mais informações e inscrições através do nº verde 800 215 216
http://www.fpc.pt/FPCWeb/displayconteudo.do2;jsessionid=C765A194972360FB101C1BE86883C7A3?numero=21774

terça-feira, 23 de junho de 2009

Sevilha, cidade maravilha - custo 300 eur (por pessoa)


Se há cidade onde um português se sente estranhamente em casa é Sevilha. Pode ser, obviamente, pelo facto da cidade parecer estar, permanentemente recheada de tugas, em cada esquina, em cada hotel. Pode ser por ficar a apenas 436 km de Lisboa, pode ser o efeito Isla Mágica. Certo, certo é que parece que, ainda estando na Europa, viajámos no tempo e chagámos a uma cidade moçarabe com muito, muito transito. Sevilha é uma cidade fusão seja em história, seja em cultura.

Dias: 4 dias.
Custo aproximado por pessoa : 254.75 €
Mood da viagem: Seja para curtir com os amigos, seja uma pausa romântica Sevilha é um bom destino.
Quando ir: Abril, Maio ou Outubro. Nos meses de Verão a temperatura pode chegar aos 50º...

Custo da viagem: Portagens: 29.50 € Ida e volta (via Lisboa - Badajoz)
Gasolina: 92 Eur Ida e volta
Km: 436

Comida: O custo médio das refeições nos restaurantes tipicos de Sevilha rondam os 15 eur e 25 eur (tapas e afins). Temos que recomendar o restaurante Las escobas onde o menu tapas surpresa custa 8.5 eur ao almoço e o restaurante Azabache mesmo ao pé do Arquivo das Indias.

Alojamento: Sevilha tem diversos Hostals espalhados pela cidade. São uma especie de pousadas da juventude a preços acessiveis. Aqui vai um site com muitos hotels: http://sevilla.costasur.com/pt/hospedaria.html
Pode-se também optar por uma casa de férias: http://www.homelidays.com/

Pessoalmente ficámos no Novotel Sevilha numa promoção de 4 noites a 240 eur o quarto! http://www.novotel.com/

Atracções: Maior parte das atracções de Sevilha não se pagam, no entanto as mais carismáticas têm um custo a rondar os 5 e os 10 eur.

Giralda: 8 eur
Praça de Touros La maestranza: 6 eur - sempre com visita guiada

Vale a pena ir... à Isla Mágica! O preço por dia são 28 eur, com todas as atracções incluidas mas recomendamos a ir depois das 16 h se não tiverem miudos... o preço é metade e dá para ver tudo à vontade e mais à fresca. Levem comida...
Vale a pena fazer... uma viagem de coche. Custam entre 40 a 50 eur a viagem e pode levar até 4 pessoas. Percorre as zonas mais importantes da cidade e a experiência é... algo!

Se isto vos abriu o apetite leiam os restantes posts sobre Sevilha! A nossa viagem foi estupenda!!
Custo total para 2 pessoas: 121.5 € (deslocação) + 200 eur (alojamento) + 28 eur (entradas) + 160 eur (comida) = 509.5 eur

1º dia Sevilha - A primeira impressão...


Apesar dos 436 km que separam Lisboa de Sevilha não há nada de complicado em visitar esta cidade indo de carro. Pessoalmente recomendamos a via Badajoz porque, além de ser ir sempre em autoestrada as portagens são cerca de 10 eur mais baratas do que indo por Faro. A viagem faz-se bem, a estrada é de qualidade até o nosso ponto final!

Chegar a Sevilha é no minimo caricato... Até se estar quase no centro, centro de uma das cidades mais importantes de Espanha a unica coisa que nos ocupa a vista são campos e campo de girassoís, que percorrem a entrada da área citadina e eis que, passada a ponte, se chega ao caos (que é a palavra mais aproximada que agora tenho) do caos de Sevilha... Qualquer regra de bom senso que se tenha atrás de um volante, perde todo o valor em Sevilha onde vermelho, amaralo e verde são, aparentemente, a mesma cor. Mal entrámos no centro a primeira contra ordenação que vimos foi um Toyota azul passar, calmamente 3 traços continuos e ultrapassar um taxi em sentido contrário... Também há que ter em conta que sendo uma cidade plana Sevilha é recheada de vespas e bicicletas pelo que se pede prudencia especial na estrada. Tudo se descomplica (um pouco) quando somos peões... Os sinais são animados e até marcam o tempo que a pessoa tem para passar a rua ou ficar à espera que o verde caia.

Chegádos ao hotel a unica coisa que queriamos era ar condicionado... O nosso hotel – Novotel Sevilha - era excelente e muito bem localizado. Mas a fome e a vontade de conhecer levou-nos novamente para a rua... Foi assim que decidimos pegar no mapa, recém dado no El Corte Inglés, e ir em busca do centro, onde grande parte das atracções mais importantes está concentrada. Pelo caminho vimos o que viria a ser o nosso meio de transporte continuo... as bicicletas publicas de Sevilha. Gastámos no total cerca de 10 eur por 4 dias e chegámos a todo o lado! Mas tudo isso será explicado mais tarde como 'funcemina' num post mais à frente!

Fomos a pé, o que tendo em conta o HORROROSO calor Sevilhano ainda é um esticão. Decidimos explorar o Bairro Judeu, um dos bairros tipicos da cidade com os seus pátios arabes, as sua ruas estreitas e cheio de lojinhas de souvenirs! Todas as lojas têm algo novo portanto aconselha-se que se vá vendo e explorando em vez de se comprar tudo de uma vez só.

Quando lá chegámos a minha companheira de viagens olhou em redor, viu uns coches de passeio e decidiu pôr-me a arranhar espanhol (macarrónico) para descobrir como é que aquilo funcionava.
Explicaram-nos que existiam dois caminhos, sendo o mais comprido de 50 € e durava cerca de 1 hora (se bem me lembro). Os coches fazem todos os caminhos turisticos começando na Giralda e percorrendo desde da Plaza Nueva até à plaza de España e toda a área da exposição mundial de 1929.


E foi assim que tivemos um vislumbre do que estaria para vir e também do à vontade destes senhores em conduzir uma carroça fina de madeira puxada por um cavalo pelo meio do transito sevilhano :P.

Quando o nosso passeio acabou já passava das 21:00, mas nada de preocupante porque os espanhoís jantar por volta das 22:00. Andar à noite pela cidade é seguro, as ruas estão cheias até tarde, incluindo os jardins. Comemos num pequeno restaurante mesmo ao pé da Igreja de Santa Maria da Bianca. Uma paella e uns ovos mexidos, um dos pratos mais populares por aqueles lados... e descobrimos o que haveria de ser a nossa desgraça nos nossos restantes dias... a Sangria.

Já de rastos e muito cansados e algo alegres lá fomos para o hotel porque no dia seguinte seria dia de Isla Mágica!

2º dia em Sevilha - Isla Magica



Custo: 4€ (parque estacionamento) + 28 euros (entrada) + 20 € (comida e bebidas) = 52 €

Não acordámos muito cedo para ir para a Isla Mágica, aliás eram 11:30 quando decidimos que já estávamos cheios, a abarrotar, do pequeno almoço. Ainda roubei uns yogurts e umas sandes para o nossos dia (Quando se é tuga, não há vergonha!).

A Isla Mágica fica no antigo recinto da Expo 92 de Sevilha. É um complexo ainda grande e é um dos mais importantes parques de diversões da Europa. Há que apontar que 90% dos hotéis em Sevilha vendem os bilhetes da Isla ou têm informações relevantes sobre o parque, portanto perguntem na recepção. Há diversões de tudo e para todos os gostos, desde dos pequeno até aos graúdos pelo que é fácil programar um dia mix, para os putos e para os pais. Deve-se ter em atenção a época do ano em que se vai porque os horários mudam! Para as infos sobre tarifas e horários pesquisem em http://www.islamagica.es/home.html
Por exemplo, quando fomos o dia acabava às 22:30 e a tarde começava às 16:00 mas se tivéssemos ido no dia seguinte já seria outro horário. Aconselhamos a não ir num fim de semana onde aquilo está de facto muito cheio e a ver bem os horários.

Fomos de carro e a primeira dificuldade que encontramos foi dar com o Parque. Dentro da cidade não vimos qualquer indicação e o nosso Tom Tom decidiu também fazer greve, levando-nos sempre para ruas de sentido proibido...Existem 2 parques de estacionamento para a ilha mas um deles é para quem tem o passe anual, atenção a isso. O custo é 4 € o dia inteiro.

Agora o ALERTA... os espanhóis não respeitam filas. Se não nos colocarmos estrategicamente eles por e simplesmente passam à frente... isso aconteceu-nos em quase todas as filas incluindo na entrada para o Parque. A entrada dos adultos foram 28 € por bilhete e assim lá se começa um dia bem passado.

A afluência de portugueses é tanta que os mapas da ilha estão disponíveis em Português e são bastante explicativos. Mostram todas as áreas, o que é o que e onde está. Até menciona se a atracção é para miúdos ou não.



Realmente tirando o carrossel do sapo andámos em tudo! Começamos por um elevador gigante que caída a pique, passamos por uns troncos que caiam na água, boias, passeios de barco... TUDO. Nenhuma das atracções é exclusivamente para nos pormos dentro de água mas existem uns repuxos no parque onde o pessoal se pode banhar e refrescar pelo que aconselhamos que se leve fato de banho.

Mas o ponto alto é mesmo a montanha russa. Suspensos numas cadeiras lá fazemos aqueles 2 min a rodar a 360º, a fazer loopings, a cair em velocidades vertiginosas! Muito bom! E o melhor é que podemos repetir... e nós repetimos



Todas as atracções onde não é aconselhável o uso de malas ou mochilas têm umas boxes de madeira para colocar os nossos pertences, portanto nada de preocupações.

Quanto à comida, todas as zonas de restauração parecem estar permanentemente cheias e não há assim tantas e tão variadas quanto isso e claro... são caras, pelo que aconselhamos que se leve comida. As bebidas estão disponíveis em vending machines portanto levem trocos. E não provem o granizado de frutos silvestres... buh....

De resto todo o parque é muito giro apesar de eu achar que tem poucas zonas de sombra. Levem protector solar e chapéu porque o calor dá cabo de uma pessoa. Se por acaso não tiverem crianças e não for fim de semana mais vale irem só da parte da tarde. O parque vê-se perfeitamente em 3 horas (incluindo repetir atracções) e sempre está mais fresquinho. Vale mesmo a pena ir uma vez.

No final do dia regressámos ao hotel e fomos comer ao restaurante Azabache no centro. As especialidades deles são maravilhosas! No entanto se quiserem tapas terão de comer lá dentro! E a Sangria?? 15 estrelas!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sevilha 3º dia - feitos turistas...

Itinerário:
Manhã: Giralda (2 horas) + Arquivo das Índias (1 hora) + Convento da Encarnação

Tarde: hotel Afonso XIII + Capela Maese Rodrigo + Jardins de Cristina + Palácio S. Telmo + Real Fábrica de Tabacos + Praça Espanha + Parque Maria Luísa

Tip: comer a tortilha de camarão no restaurante Barbiana

O terceiro dia em Sevilha foi inteiramente dedicado ao turismo! Sevilha é uma cidade que, embora pequena, tem diversos pontos de interesse histórico. Lá pegámos no guia e partimos à descoberta da cidade pelas 10:00 da manhã. A manhã é a única altura verdadeiramente fresca da Cidade portanto mais vale acordar bem cedo e aproveitar as primeiras horas do dia.

O pequeno almoço foi tomado num dos cafés que os servem. Seja a versão americana (tipo bacon n’ eggs) seja a versão tradicional – um café abatanado e uma torrada com tomate e azeite – o pequeno almoço é muito bom. Recomendamos que experimente pelo menos um dia a tal torrada com tomate... muito, muito bom.


Depois lá alugámos a nossa bicicleta e rumamos até ao bairro judeu e o centro, mais propriamente à plaza del Triunfo! A Giralda é um monumento majestoso que se vê de quase todos os pontos de Sevilha, edificado por cima de uma antiga mesquita como símbolo triunfante do cristianismo. Não se esperava outra coisa sem ser uma enorme e magnifica catedral com magnificas obras de arte (por vezes até algumas meio perturbadoras, como a do leão...’olha, olha, luz!’), um tesouro cintilante, um mausoléu ao Cristóvão Colombo (que era tuga...) e claro a torre com as suas 35 rampas (e não escadas) que nos dão uma vista panorâmica linda da cidade. Enfim... é só a 3ª maior catedral do mundo. É obrigatório visitar o pátio de los naranjos, grande pátio cheio de laranjeiras que no centro têm uma loja de souvenirs muito gira e original.



’olha, olha, luz!’


mausoléu


pátio de los naranjos


Como todos os centros turísticos os esquemas a turistas são abundantes! Eu tendo a ser apanhada em todos mas desta vez foram ciganas... Estávamos nós muito bem a caminhar quando elas chegam, separam-nos, espetam um raminho de um arbusto na mão e começam a ler a sina. O truque é dizer logo que não se quer nada e continuar com a vida mal elas se aproximam, se nos agarram acabou! No final claro, pedem logo 5 eur! Se forem apanhados riam-se e digam ‘tá bem, tá bem’. Os dois contribuímos com 1.50 eur... e acho que foi muito!!!


Saídos da Giralda, após 3 horas fomos calmamente comer ao restaurante Las escobas. É um dos restaurantes mais antigos de Sevilha e serve umas tapas magnificas. Agora, atenção!, se querem as tapas ou o menu turístico têm de o pedir especificamente ou então eles dão-vos apenas o menu normal (e caro). 10 tapas para 2 pessoas fica a 16 eur com sangria incluída e fica-se MUITO bem almoçado! Apenas servido na esplanada...



Tapas:



Nota:
Tapas são versões pequenas de um prato existente, não é pão com coisas em cima. Em boa verdade muitos sevilhanos nem tocam no pão!
Ex:

Neste caso é um prato mas existe a versão tapa, com cerca de metade do tamanho. :)


Começámos a tarde no Arquivo das Índias que vimos em velocidade cruzeiro porque nos apercebemos que nos tínhamos esquecido no restaurante das souvenir (que foram guardadas por um Americano!) Basicamente é um edifício arquivo, com uma arquitectura estupenda. Foi giro mas breve...

Ainda demos ao pulo ao convento da Encarnação que se encontrava fechada.

Depois fizemos uma pequena pausa no hotel a aproveitar o máximo calor da tarde no bom do ar condicionado e da piscina... voltámos à carga às 18:00.

Decidimos fazer um percurso mais citadino a pé. Começando na Porta de Xerez, mesmo em frente ao fantástico hotel Afonso XIII fomos visitar a capela Maese Rodrigo. É uma capela privada cheia de azulejos e espectacular que vale a pena ver. O senhor é bastante simpático e acessível portanto é sem medos. Depois caminhamos pelos Jardins de Cristina e admirámos a fachada do Palácio de São Telmo que é, actualmente, um edifício sede da Presidência da Andaluzia.



Palácio de São Telmo


Continuando pelas avenidas sevilhanas entramos e explorámos a antiga fábrica do tabaco que hoje é uma universidade. Pode-se entrar há vontade e apreciar os pátios árabes deste edificio que já foi a maior fárica de tabaco do mundo. Até deu para ver que o Sr. Borrego teve uma classificação de 525 enquanto o colega teve apenas 68. :)



Tirado de uma das portas da Universidade :)


Embaixada de Portugal


Assim chegámos à área da antiga exposição de 1929. Começámos pelo pavilhão de Portugal que é a prova viva que os espanhóis nos odeiam... O que agora é a embaixada do nosso país foi em tempos o sitio onde queimavam os cristão e onde enterraram os mortos da peste... hum... Sem perder o norte caminhámos até à praça de Espanha onde se encontrava o Pavilhão de Espanha. Apesar de não se poder visitar o interior, o exterior já compensa! os seus trabalhados azulejos, toda a mistura de estilos, só mesmo estando lá para ver e apreciar...



Pavilhão de Espanha







Finalizamos o dia a caminhar pelo Parque Maria Luisa parando para descansar na praceta de Bécquer onde se encontra uma escultura sobre o amor passado, futuro e presente linda...

A fome apertava bastante a estas horas e o meu pé estava a insultar-me bastante, pegámos num taxi e fomos até à Praza Nueva comer no famoso restaurante Barbiana. É um restaurante bastante caro mas as tapas, principalmente a tortilha de camarão valem bem a pena. (aquela tortilha... hummm)...

Passear à noite em Sevilha sabe bem e foi assim que acabámos o nosso dia.



3 amores

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Tips Sevilha - Sobre as bicicletas!!


Ora bem, voltando às bicicletas! São bicicletas com 3 mudanças, acento de altura variável, têm luzes frontais e traseiras, uma campainha +- eficiente e um descanso.

As mudanças mudam-se no guiador direito e não são de correto normal (as clássicas de montanha onde a corrente "salta" de roda dentada para rodas maiores ou mais pequenas) mas sim um sistema qualquer interno que nunca empenou a mudar.

Quando se tira uma tem que se ter atenção se o aperto do banco está partido ou não. Se verificarem a foto, a 5ª bicicleta tem o cento todo em baixo e o "coiso" usado pa apertar o banco não está lá.
Também se deve verificar se o descanso está lá ou está partido.

E como é que se usa isto?
É grátis? (tá-se mesmo a ver...) Não é grátis mas também não é caro. Por um passe de 7 dias (se bem me recordo) são 5 euros. Esse passe dá apenas direito a usa-las. Cada vez que se usa paga-se um x que já n me recordo por medida de tempo. <30min é grátis. Entre 30 e 1h penso que era 1€.

Como podem ver na foto acima, existe sempre uma estação onde se pode comprar e usar o passe:
Com o cartão de credito (e apenas com..) compra-se um passe, o passe não passa de um código de 6 dígitos que, em associação a um pin escolhido na altura (4 dígitos) identifica a bicicleta que se retira com a nossa conta.

Nota: o papel que a malfadada máquina é suposto cuspir com o código nem sempre sai a tempo e horas. Tivemos que telefonar para a assistência para eles nos darem o meu código pois a maquina não o cuspiu. Não foi demasiado complicado, com espanhol macarronico lá se disse a estação e o código pin e a senhora lá disse o código associado.

Depois do processo de associação, a maquina avisa que se uma bicicleta tirada com o nosso código não voltar à estação, são cobrados 150€ de compensação. Portanto não fiquem com ideias...

Anyways.. depois disto tudo, chega-se à maquina, espeta-se o código, o pin e escolhe-se uma das bicicletas. chega-se a bicicleta, carrega-se no botão e ela solta-se. Depois de usar é só espetar a bicicleta de novo num pau livre que ela indica quando estiver bem encaixado.

O processo é mais simples do que este paleio todo mas a primeira vez que se usa é um bocado confuso :\

All in all é uma excelente maneira de cobrir caminhos relativamente longos até uma área qualquer de interesse. Existem estações espalhadas pela cidade e no site deles têm um mapa. (na estação também mas não é muito fácil de se ver). :)