sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Viagens a 300 - uma pausa em Mochique!

Agosto pode ser sinónimo de Algarve... mas o Algarve também pode ser calmamente apreciado na época baixa, com a vantagem de isso também significar mais dinheiro ao fim do mês... e o objectivo deste blog é mesmo esse. Viajar a um custo baixinho.

Pois bem desta feita sugerimos um programa não a custo de saldo mas bom para aproveitar o fim-de-semana prolongado de Outubro que se aproxima a passos velozes (felizmente!!). Em família, com o namorado ou com um ou dois amigos sugerimos a Villa Termal de Monchique, um paraíso natural do Sul do País!

Dias: 3 dias.

Custo total aproximado por pessoa : 270 € (viagem com portagens, alojamento, tratamentos e comida)

Mood da viagem: Romântico ou para descanso absoluto

Quando ir: Época baixa é mais barato!

Custo da viagem: Portagens: 37 € Ida e volta + Gasolina:60 euros ida e volta
Gasolina: 60 Eur Ida e volta
Km: 578

Comida: O custo médio das refeições é barato, entre os 7 a 9 euros por pessoa.

Alojamento: A estância termal de Monchique conta com 5 hotéis, todos partilham o mesmo preço e a reserva é feita no site www.monchiquetermas.com. Há preços especiais para as reservas online!O preço para 2 pessoas/quarto com pequeno almoço incluído é de 285 euros

Os hotéis em que podemos ficar

As Caldas de Monchique contam com uma longa história que, aparentemente remonta ao tempo dos romanos, sendo que o nosso rei D. João II costumava de ir lá revitalizar corpo e alma.

É importante fazer a distinção entre esta estância e a Vila de Monchique a alguns quilómetros. Aqui uma pessoa tem 2 atracções essenciais: as termas e tratamentos de SPA e os caminhos pedonais pela floresta.

Toda a área é rodeada pela floresta que cresceu à volta das fontes naturais da água de Monchique. A beleza natural deste pequeno pedaço de céu e indescritível e existem vários caminhos pedonais (fáceis de realizar e com mapas disponíveis no site) que nos revitalizam a alma por completo! Para quem quer viver esse contacto com a natureza existe ainda um parque de merendas abrigado entre as árvores.


Um dos caminhos pedonais

Uma capela pelo caminho


A fonte dos amores - que bonito!


Mais uma fonte

Uma das fontes mesmo ao pé do Parque de merendas

As fontes que aproveitam as nascentes naturais estão por todo o lado e pode-se facilmente refrescar aqui. Toda a estancia conta com inumeros cafés e restaurantes, não muito caros, com grandes esplanadas (e muito bichinho) onde se pode descansar.


Uma simpática esplanada

Uma pessoa sente-se mesmo pequenina neste pedaço natural de Portugal!

Mas a Vila termal, como o nome indica, serve essencialmente para uma pessoa cuidar do seu bem estar... de corpo e mente! Admito que para termas medicinais não sei como se processam os tratamentos mas estão à disposição dos visitante diversos tratamentos de SPA que são mais baratos cerca de 25% para os hospedes do hotel e devem ser marcados com alguma antecedência. Aconselha-se o circuito termal (15 euros para hospedes) e o duche de jacto (18 euros para hospedes). Os tratamentos podem chegar aos 62 euros para hospedes e 100 para não hospedes mas tendo em conta que o proposito desta pausa é ver e descansar durante 2 dias, colocámos apenas 1 dia para tratamentos.

Para quem está disposto a gastar um pouco mais pode sempre optar por um dos vários programas de bem estar disponiveis para reserva desde 2 noites até 7. Todos estes programas incluem um programa muito completo de SPA, alojamento e meia pensão.

Para uma pausa bem aproveitada e relaxante!

Toda a informção está bem explicada no site acima citado www.monchiquetermas.com

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Sagres, à porta do Oceano

Estávamos nós refastelados de férias em Lagos quando nos ocorreu que seria uma boa ideia irmos fazer uma visitinha à vila de Sagres, aquela onde o nosso amigo D. Henrique 'O navegador' se lembrou de construir um grande forte onde a maior atracção é mesmo a Rosa dos Ventos.

Sagres em si tem apenas 3 pontos de interesse dignos do nome: a dita fortaleza de D. Henrique, O Cabo de São Vicente e as praias que circundam aquela área.

Começámos pela fortaleza! Apesar de estarmos no pico de Agosto estava tanto frio e tanto vento que andava tudo de casaquinho.Sagres é mesmo muito ventosa por aconselha-se o uso do agasalho...sempre!

O forte é bastante grande, se se quer explorar os caminhos pedestres que percorrem todo o recinto e que aconselhamos que seja feito, é preciso contar com pelo menos duas horas para a visita completa. O preço de entrada para adultos é de 3 euros, mas há preços especiais para estudantes, reformado e famílias!

A primeira visão que se tem é realmente a da dita Rosa-dos-Ventos, à esquerda da entrada. Com 43 m de diâmetro deve ter tido a sua utilidade para os marinheiros que, supostamente, se juntaram à escola naval que foi fundada no séc. XV aqui. Eu pessoalmente não percebi a lógica do funcionamento.


A Rosa-dos-Ventos

Como não tinhamos mais por onde seguir, voltámos costas à Rosa e fomos para o lado oposto, onde se iniciava a estrutura do forte muralhado, portanto o que é a frente do forte. A subida, apesar de pequena é ingreme e o piso muito escorregadio mas vale a pena o esforço para apreciar a fantástica vista sobre a cidade e Oceano. Mesmo assim, corremos o sério risco de quase levantarmos voo! O vento era tanto que quanto mais subíamos pior.

Foi dali de cima qe percebemos que todo o recinto deveria ser enorme mas havia um caminho de pedra que parecia percorre-lo todo. Pés à obra e lá fomos nós! Primeira paragem foi na simpática e pequena Capela de Nossa Senhora da Graça. Muito pequena, tem um altar magnifico e é ultima residência de nomes importantes da nossa história marítima, que ali se encontram enterrados. Quando saímos da Igreja, olhando para o horizonte que se estende nas suas traseiras, a primeira imagem que temos é do Cabo de São Vicente... todo o forte tem, aliás, uma vista magnifica.


A Capela da Nossa Senhora da Graça



Penso que foi aqui que começámos a percorrer oficialmente o forte. Por todo caminho deparámos-nos com pequenas e simpáticas particularidades: como o farol, os canhões virados para o oceano, as furnas, os pássaros que sobrevoam a área e sempre, sempre uma vista maravilhosa que nos envolve! Foi ali, que séculos antes outros portugueses se entregaram ao Atlântico e descobriram o mundo como hoje o conhecemos e é impossivel não notar todo o aspecto prático do forte, com todas as zonas mais criticas estratégicamente protegidas. A volta ao forte dá-se em 1 horita, sempre com muitas placas explicativas com apontamentos históricos interessantes! Demos a nossa volta completa com muito boa disposição e alegria! Foram umas horitas bem passadas!





Furnas - ainda hoje activas



O nosso longo caminho

No final ainda houve tempo para dar um pulo à loja de souvenirs, que estava em saldos. Para os amantes da história marítima Portuguesa encontram-se aqui muitas publicações, algumas raras, sobre o tema; assim como tshirts e peças de bijuteria temáticas! Tudo gira à volta de um tema - o mar - mas vale a pena gastar lá algum tempo.

Todo o recinto está em óptimo estado e actualmente em obras de reabilitação.

Vale os 3 euros com certeza!

Saímos com 45 euros de publicações Oceano debaixo do braço (visto que o meu pai é desses ditos entusiastas da História marítima Portuguesa) e tentámos não levantar voo até ao carro que estava a alguns metros de distância! Felizmente por ali não é complicado estacionar!

Próxima paragem... Cabo de São Vicente.

A viagem até ao Cabo é muito curta e está bem assinalada, mas o Cabo é mesmo só isso, um farol gigantesco, ainda hoje considerado o mais potente da Europa, com um alcance de 95 quilometros. No entanto a área está fechada e a única coisa que anima ali o sitio são algumas barracas de comida e roupa. As barracas de comida não são grande coisa e infelizmente comprei uns tremoços que já estavam velhos e foram todos para o lixo. O meu conselho é não comprar nada ali. Portanto nem 5 minutos nos demorámos. Só vale mesmo pelo saudosismo de épocas passadas e pelas lendas que ditam que foi ali que São Vicente caiu ao mar, no séc IV...

O Cabo de S. Vicente visto do forte

A esta hora a fome já apertava um bocadinho e fomos estrada fora à procura de um sítio para comer. Em termos de comida, Sagres é um pouco fraquinha, tenho a dizer. Encontrámos apenas um bar à beira da praia do Beliche que nos serviu uns hamburgers bastante bons - o waza bar, mas ouvimos relatos que este bar foi um rasgo de sorte, porque normalmente não se come muito bem, os restaurantes não servem fora de horas (leia-se a partir das 2:30) e as pessoas não são particularmente simpáticas. Bem sei que o Algarve em Agosto desgasta qualquer um mas querem melhor altura para fazer bom dinheiro??

Seja como for o Waza bar era muito agradável e o empregado bastante simpático. Um cheese burger e um panache reforçaram-me as energias para descer a escadaria gigatesca de acesso à praia do Beliche.


Praia do Beliche nha vista do Forte

Escavada no meio de uma encosta encontra-se a pequena mas amigável praia do Beliche! Muito abrigada e resistente às ventanias de Sagres é também uma praia lindíssima apesar da escadaria interminável de acesso . Não vi nenhum salva vidas mas vi um barzinho todo em madeira mesmo por cima da praia que me pareceu boa onda. Curioso o facto de constatarmos que o final da praia era destinado ao nudismo.

A canseira por volta das 19 horas já apertava mas ainda decidimos explorar o centro da vila que é bastante pequeno. Umas ruas com algum comércio, o Porto no final de uma rotunda 'and that's it!'

De volta a Lagos, cansados mas felizes!